Que mudanças devemos procurar e como advogar por elas para um melhor desenvolvimento profissional para a inclusão?
As politicas pertencem e são responsabilidade de todos - nós temos o poder de mudança!
Aqui pode encontrar recomendações politicas, a partir das quais pode refletir em prioridades de mudança locais. Estas recomendações partiram de três níveis de análise e visam o desenvolvimento de condições óptimas para a aprendizagem profissional para inclusão.
Estas recomendações são dirigidas às escolas, aos decisores políticos e instituições promotoras do desenvolvimento profissional e visam o desenvolvimento de políticas e planos de acção para promover a aprendizagem profissional colaborativa para inclusão.
• As recomendações políticas dão sugestões a professores (diretores) e profissionais da educação para desenvolverem a política inclusiva da escola em conjunto com parceiros locais, associações de pais e decisores políticos na comunidade, bem como a nível regional e nacional.
• As recomendações da investigação apoiam universidades, professores de educadores, investigadores e outros profissionais a inovar as actividades de aprendizagem profissional e os programas de desenvolvimento profissional para a inclusão.
For a professional learning activity to work with these recommendations, go to 'Local Power".
Os programas de desenvolvimento profissional existentes foram examinados e confrontados com os resultados de um inquérito sobre as necessidades dos profissionais nas escolas. Estas necessidades foram analisadas e formam a base destas recomendações para um desenvolvimento profissional eficaz para inclusão.
Três níveis de análise conduziram às recomendações:
1. Uma síntese bibliográfica sobre boas práticas, combinada com uma revisão sistemática de estudos sobre a implementação de PDPs centrados numa pedagogia inclusiva e em práticas colaborativas,
2. Uma análise por país das políticas locais, bem como dos materiais de PD das instituições parceiras.
3. Um inquérito dirigido às necessidades de aprendizagem profissional para inclusão nas escolas.
Reforçar os percursos de aprendizagem profissional no sentido de uma concepção mais ampla da educação inclusiva focada com todos os aspectos da diversidade (para além das abordagens da educação especial).
• A educação inclusiva refere-se a respostas educativas de alta qualidade respondendo às necessidades de todos os alunos. Esta concepção ampla da educação inclusiva - que abrange todas as formas de diversidade -, tem recebido eco na literatura e nas políticas de diferentes países da UE. Portanto, as respostas da educação inclusiva têm ido para além da educação especial.
• É necessário reforçar os percursos de aprendizagem profissional no sentido de uma concepção mais ampla da educação inclusiva focada em todas as formas de diversidade, nomeadamente através de um afastamento de de categorização para determinar os apoios a implementar.
• Expandir a conceção de educação inclusiva, não só, no âmbito das políticas escolares, mas também, no âmbito das políticas de desenvolvimento profissional a todos os níveis (incial e continua), é absolutamente necessário para responder à diversidade crescente das salas de aula do século XXI.
• Exemplos de diferentes experiencias locais de países europeus podem ser inspiradoras e merecedoras de divulgação. O intercâmbio de programas de DP e materiais de aprendizagem dentro das comunidades da UE centrados nas competências inclusivas dos professores pode gerar um impacto importante nos alunos.
Reforçar uma estratégia política que apoie a aprendizagem profissional de professores para inclusão, incluindo as fases de formação inicial e continua.
• No âmbito da formação inicial de professores (ITE), não existe um currículo pré-determinado ou regulamentado para incluir conteúdos ou disciplinas relativas à educação inclusiva. A abordagem à inclusão e diversidade na qualificação dos professores varia muito entre cursos e instituições de ensino superior dentro e entre países da UE.
• O desenvolvimento das competências inclusivas dos profissionais da educação está muito dependente das suas actividades de desenvolvimento profissional, pós formação inicial (CPD).
• São necessários esforços para melhorar os níveis de compromisso governamental para a promoção e apoio no desenvolvimento de valores e áreas de competencia para a pedagogia inclusiva, incluindo o investimento em todas as fases da formação (inicial e continua).
Reforçar o desenvolvimento do planeamento anual das escolas para uma formação profissional alinhada com as necessidades da escola, na qual a diversidade e a inclusão fazem parte.
• O desenvolvimento profissional contínuo é um caminho autodirigido, com acções definidas por cada profissional que devem ser incorporadas ou estar alinahdas com as necessidades da comunidade escolar.
• O ensino por pares e a partilha de boas práticas devem ser promovidas pelo sistema escolar como parte essencial do desenvolvimento dos profissionais.
Reflectir sobre o significado do sucesso escolar e como planear acções nesse sentido.
• Reconstruir a imagem da sua própria escola para estar alinhada com valores inclusivos.
Apoiar um desenvolvimento profissional contínuo centrado na colaboração interprofissional para a inclusão.
• A prestação de apoio para ensinar todos os alunos exige frequentemente o envolvimento de diferentes profissionais (professores, professores assistentes, profissionais da educação especial e outros profissionais de apoio).
• A colaboração interprofissional (com professores, outros profissionais da educação, investigadores...) é, portanto, um elemento chave que define o CPD para a inclusão. A colaboração interprofissional é um meio para a autonomia e autoridade dos professores na sua própria prática.
• As práticas colaborativas como coaching, mentoria e planeamento de aulas são abordagens bem sucedidas para promover a tomada de decisão informada e a resolução de problemas, particularmente quando se trata de responder às necessidades e contextos individuais e quando se baseiam nas competências e experiências dos profissionais de aprendizagem.
• Estas práticas de colaboração devem ser reforçadas como um esforço colectivo e conjunto, em vez de esforços no âmbito de áreas disciplinares específicas.
Reconhecer os formatos colaborativos e colectivos de aprendizagem profissional para a valorização da carreira, inseridos no contexto social de cada um.
• Criar espaços informais e tempo para comunicação entre professores e outros profissionais.
• Incluir a qualidade do trabalho de colaboração como um alvo de auto-reflexão e avaliação das escolas.
• Incluir a colaboração como parte da avaliação das práticas escolares (por exemplo, identificação de dilemas profissionais, definição de objectivos comuns, actividades partilhadas...).
• Monitorizar factores que podem facilitar as práticas colaborativas, nomeadamente o desenvolvimento e implementação de espaços de partilha de práticas.
• Incluir TODO o pessoal no processo de aprendizagem.
• Promover competências metacognitivas na aprendizagem colaborativa com outros, incluindo pais e alunos (por exemplo, reflectir sobre o processo de resolução de problemas - compreensão dos objectivos e do problema; recordando e organizando o conhecimento prévio; e pensando em estratégias para resolver o problema).
Manter o foco/importância nos valores e áreas de competência sobre as dimensões 'Valorização da diversidade ' e 'Apoio a todos os alunos' nos programas de desenvolvimento profissional.
• A "valorização da diversidade dos alunos" e o "apoio a todos os alunos" são as áreas de competência mais valorizadas pelos professores na análise das suas necessidades e nos PDP's existentes.
• No âmbito da "Valorização da diversidade dos alunos", foi reconhecido nos PDPs um enfoque em áreas temáticas como inclusão, diversidade, políticas, legislação e justiça social.
• Conteúdos relacionados com aspectos específicos da diversidade, tais como a consciência sociocultural, perspectivas sobre a incapacidade e abordagens de género, também fazem parte dos PDPs existentes, com uma expressão diferente de acordo com as políticas locais e nacionais.
• A análise das necessidades dos profissionais confirma a importância de "valorizar a diversidade dos alunos", nomeadamente estar preparado "para apoiar os alunos na compreensão/conhecimento da sua própria identidade social", "para prevenir e combater comportamentos de exclusão e discriminação" e "para implementar a igualdade de oportunidades na escola".
• Para "Apoiar todos os alunos", algumas das áreas temáticas mais enfatizadas nos PDPs são: diferenciação curricular e de instrução (por exemplo, planeamento diferenciado de aulas, princípios de ensino-aprendizagem) e promoção de facilitadores ambientais (por exemplo, sistemas de apoio, concepção e implmentação dos principios do Desenho Universal para a Aprendizagem).
• A análise das necessidades dos profissionais confirma a importância de "Apoiar todos os alunos", nomeadamente estar preparado "para adaptar actividades para aumentar a motivação dos alunos para participar", "para construir relações positivas com os alunos", "para compreender os comportamentos dos alunos em diferentes contextos" e "para gerir comportamentos desafiantes de forma eficaz na sala de aula".
• Este ênfase na "Valorização da diversidade dos alunos" surge em oposição à influência histórica do modelo biológico no contexto educativo.
• Uma abordagem dos direitos humanos deve ser central no desenvolvimento de competências dos professores e na interacção com os alunos.
Promover a reflexão crítica dos professores sobre a sua biografia e narrativa pessoal (Qual é a sua história? Quais são as suas experiências pessoais face à diversidade).
• A auto-reflexão sobre as próprias crenças e atitudes em relação à diversidade e inclusão é uma estratégia de formação encontrada em alguns PDPs. A visão dos profissionais da educação sobre a diversidade desempenha um papel fundamental na sua abertura à inclusão e aos métodos de apoio.
• O foco dos PDPs para explorar a sua própria identidade e tomar consciência da sua visão pessoal, precisa de ser expandido. O aproveitamento das experiências e conhecimentos anteriores dos professores é uma estratégia crítica para o sucesso e para reconhecer os seus próprios preconceitos e atitudes de discriminação.
Utilizar uma abordagem ampla e interseccional da diversidade na investigação sobre DP, reforçando a compreensão de que a inclusão é mais ampla do que as NEE ou apenas cultura/etnicidade.
• Muitos estudos que descrevem o impacto do PDP na inclusão centram-se na preparação dos professores para responder a necessidades educativas especiais ou de apoio adicional, relacionadas com situações de deficiência e incapacidade.
• Uma abordagem de interseção de diferentes aspectos da diversidade tem em atenção diversos contextos culturais e linguísticos, contextos socioeconómicos desfavorecidos, questões relacionadas com o género ou LGBTIQ, níveis elevados ou inferiores de funcionamento cognitivo, deficiência, bem como a diversidade em geral. Esta abordagem precisa de ser reforçada e alargada na literatura.
Desenvolver actividades de inspiração e aprendizagem profissional centradas no 'Trabalho com outros' e no 'Desenvolvimento profissional pessoal' em todas as fases de desenvolvimento profissional.
• Promover a vontade de trabalhar com os outros e a motivação para o desenvolvimento profissional pessoal é um desafio para o desenvolvimento de PDPs para inclusão.
• Algumas abordagens focadas no "trabalho com outros" já se reflectem nos conteúdos dos PDPs existentes, mas devem ser reforçadas, por exemplo, colaboração com as famílias, coaching, e trabalho de equipa colaborativo.
• Áreas temáticas que reflectem "desenvolvimento profissional pessoal" também foram reconhecidas em alguns PDP, mas deveriam ser reforçadas, por exemplo, prática reflexiva, desenvolvimento de comunidades de investigação e implementação de práticas inquiridoras na educação.
• A colaboração interprofissional deve ser reforçada tanto em programas de formação inciail como na formação continua, através de métodos didácticos como o coaching e a aprendizagem colectiva numa comunidade de aprendizagem profissional (PLC) ou numa comunidade de prática (COP). Isto leva a que as competências de colaboração dos profissionais da educação e a sua aprendizagem se apropriem do seu próprio desenvolvimento profissional.
• O uso de ferramentas especificas apoiam esta aprendizagem profissional por exemplo, o uso de folha de registo e de videos para análise e estudo das proprias aulas são recursos poderosos para discussões com os outros parceiros de trabalho...
Reforçar a utilização de actividades de reflexão como métodos e estratégias chave de Desenvolvimento Profissional
• A preparação de planos de aulas, a utilização de registos reflexivos, o desenvolvimento de um plano de acção na auto-avaliação são exemplos de práticas reflexivas incluídas em alguns PDP. A sua implementação deve ser reforçada para desenvolver uma pedagogia inclusiva dentro de um contexto de colaboração interprofissional.
Reforçar a utilização de actividades de trabalho em equipa como métodos e
estratégias chave de desenvolvimento profissional.
• As actividades de desenvolvimento profissional podem promover a aprendizagem colectiva em reuniões, incluindo reflectir, planear, implementar e monitorizar o seu progresso em relação aos objectivos pessoais.
• Além disso, as técnicas de aprendizagem cooperativa, oportunidades partilhadas de resolução de problemas, trabalho em pequenos grupos, aprendizagem assistida por pares, e coaching devem ser expandidas.
• Promover o desenvolvimento profissional colaborativo - trabalhar com outros para o seu desenvolvimento profissional.
• Promover a eficácia colectiva - acreditar que juntos podem fazer a diferença para os alunos.
Incluir o coaching e as comunidades de aprendizagem profissional como práticas chave de desenvolvimento profissional eficaz.
• Competências de coaching, modelos de coaching para implementação do DUA e modelos de co-ensino são exemplos de conteúdos encontrados em alguns PDPs para inclusão. Estes precisam de ser reforçados e expandidos nos objectivos da DP.
• Reforçar e expandir estratégias para compor uma comunidade de aprendizagem profissional, promovendo actividades de observação e feedback.
• Encontros com "amigos críticos" , composição de um PLC, e actividades que desenvolvem capacidades de observação e feedback são exemplos de estratégias utilizadas em alguns PDPs centrados em competências inclusivas. Estas precisam de ser reforçadas e expandidas.
Considerar os sistemas educacionais em que os professores e outros profissionais estão a actuar, desenvolvendo DP viáveis e aplicáveis alinhados com as necessidades reais de aprendizagem dos professores e das partes interessadas.
• As práticas de exclusão ainda são inerentes em alguns dos nossos sistemas educativos dos países.
• A utilização do contexto real e dos desafios profissionais da vida real na aprendizagem profissional contínua, facilita a aplicação e manutenção de novas competências, promovendo uma mudança pedagógica sustentada e a aprendizagem para a inclusão.
Permitir a TODOS os professores, através de diferentes disciplinas, falar com os seus alunos sobre justiça social e direitos das crianças.
• Promover as competências dos professores para adotar uma abordagem de direitos humanos.
Promover competências para basear as práticas educativas nas vozes de TODOS os alunos e famílias como um factor chave para uma colaboração interprofissional eficaz.
• Nos PDPs existe uma ênfase limitada na cooperação com alunos e pais.
• Alguns PDPs concentram-se na compreensão das necessidades culturais e socioeconómicas das famílias e em como prestar apoio, na compreensão das características familiares e dos papéis dos pais. Estes conteudos precisam de ser reforçados e expandidos nos PDP.
• A comunicação com os pais de uma forma construtiva e a integração dos alunos e dos pais nas práticas de colaboração interprofissional são conteúdos encontrados em alguns PDPs mas que precisam de ser reforçados e expandidos.
• Saber como apoiar e capacitar as famílias para conhecer e reinvidicar os seus direitos.
Considerar o impacto dos programa de desenvolvimento profissional nos sentimentos e experiencias de inclusão dos alunos.
• Até agora, o impacto de um PDP tem sido avaliado principalmente pelos professores, através da avaliação da influência positiva que teve na sua aprendizagem.
• Um resultado crítico da implementação do PDP deverá ser a forma como os alunos experimentam a inclusão na sala de aula. A investigação futura deve tomar como outputs centrais as experiências dos proprios alunos.
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