Na segunda-feira de manhã, 10 de Outubro, parti, como único formador belga, com alguma curiosidade em relação ao Porto. A aprendizagem, inspiração e reflexão sobre a pedagogia inclusiva já começou de facto no aeroporto, onde a equipa da Arteveldehogeschool e da UCLL estavam à minha espera. À noite, encontrámo-nos com a equipa da Holanda. Foi bom estar, tão rapidamentem no mesmo comprimento de onda sobre temas educacionais.
Na terça-feira, começou o primeiro dia de formação oficial na Universidade do Porto. Fomos calorosamente recebidos pela Mónica, gestora do projeto em Portugal. Reuniram-se à volta da mesa formadores e professores dos Países Baixos, Portugal, Bélgica, Letónia e Reino Unido e, após uma breve introdução, começámos de imediato. Voltámos aos "10 hábitos de um professor inclusivo", explorámos como criar com sucesso uma comunidade de aprendizagem profissional (PLC) e tivemos um workshop de coaching. Imediatamente fiz a ligação à nossa própria escola: o que estamos a fazer bem, onde estão as oportunidades de crescimento e qual o próximo passo que podemos dar. Através de coaching activo e discussões informais com outros coaches, encontrei respostas a estas questões.
Mesmo antes de partirmos para o Porto, sabia que na quarta-feira iríamos visitar a escola do documentário da Pano sobre educação inclusiva, na televisão belga. Fomos levados de autocarro para Gaia, um subúrbio do Porto. Lá fomos imediatamente recebidos pelo diretor da comunidade escolar e Suzanna, a senco da escola e membro do projeto ProuD To Teach All. Fiquei impressionado após a visita, não por causa dos edifícios, porque não eram espectaculares, bonitos ou novos, mas mais por causa do ambiente que prevalecia na escola. Os professores trazem a história do amor, para a colocar nas suas palavras: eles vêem tudo desde "óculos de empatia" e também ensinam aos seus alunos. É gasto muito tempo na aprendizagem de competências sociais. Nota-se o amor pelos seus alunos, colegas e pela escola como um todo, em todo o tipo de pequenas ações. Nesta escola, a cada aluno é dada uma oportunidade, independentemente de problemas cognitivos ou motores e, nem o estatuto social é importante.
Durante a tarde, fomos convidados para ir ao centro de dia para crianças de +16 anos. Estes centros são criados pelos pais e não pelo governo. Durante esta conversa, notei que a ponte inclusiva entre a escola, os centros e a sociedade ainda se está a desenvolver. Depois destas visitas escolares, apercebi-me ainda mais de que não são necessários professores inclusivos, mas sim uma EQUIPA de pensamento inclusivo. Juntos podem fazer mais!
Terminámos o dia na bela praia do Porto. Basta desfrutar dos arredores e deixar todas as impressões do dia afundarem-se sob um sol radiante à noite.
Na quinta-feira, foram agendados o último dia de fromação e o primeiro multiplier event. Começámos o dia com uma reflexão sobre a visita à escola.
Seguiu-se um workshop intensivo sobre como criar uma política escolar inclusiva e que desenvolvimentos profissionais são necessários para tal. Analisámos também o website associado ao projeto. Durante a nossa última tarde, houve tempo para a formação de pares em torno das nossas próprias prioridades escolares.
Às 17h30, hora local, teve lugar o primeiro multiplier event. Conseguimos partilhar a nossa motivação, visão e desenvolvimento com os visitantes presenciais e online. Da nossa escola, levei o processo em torno das conversas de crianças e falei sobre como organizamos o nosso PLC. O multiplier event foi um forte conteúdo final para estes três dias intensivos, instrutivos e emocionantes.
Na sexta-feira de manhã, o despertador tocou cedo para regressar a casa. Regressei com um sentimento de gratidão, uma mochila cheia de ideias, uma visão alargada da inclusão. Sinto-me uma pessoa, professora e diretora mais rica.
Finalmente, gostaria de agradecer a Marijke Wilssens, coordenadora do projeto, pela oportunidade que nos foi dada como escola para entrarmos neste projeto! O vosso impulso e entusiasmo são um exemplo para muitos trabalharem na inclusão!
Saar (AHS) , Annemieke (AHS) e Hannah (UCLL) agradecem a inspiração e os conhecimentos que trouxeram sobre vários tópicos partilhados. Inestimável!
Obrigado a todos os formadores, diretores de projeto e professores dos Países Baixos, Letónia, Reino Unido e Portugal, pela cooperação durante estes três dias de desenvolvimento profissional.
Amaryllis Verplancke
Director do VBS DE SPRINGPLANK