Momento de encontro e inspiração!

No início da manhã de segunda-feira, 6 de Junho, partimos para o aeroporto de Schiphol, com muitas expetativas sobre o que os próximos dias nos reservavam. Após um ano de contacto online com o grupo PPTA, tinha chegado o momento de nos encontrarmos num país que ambos desconhecíamos. Começaram a surgir as fotos na aplicação, com todas as pessoas que partiam e que estavam claramente ansiosas por isso. As reuniões no aeroporto pareciam quase familiares, como se já nos conhecêssemos bem e foi um bom começo para esta formação.
Na terça-feira foi o primeiro dia de formação oficial e encontrámo-nos na Universidade de Liepãja. Neste belo edifício antigo, fomos recebidos calorosamente pelos nossos colegas letões e havia uma mesa cheia de deliciosos petiscos de todos os países participantes. Discutimos brevemente os objetivos do PPTA e fomos mais uma vez informados sobre o projeto. Foi bom olhar para o website do PPTA e partilhar as nossas considerações para que elas pudessem ser tidas em conta e para que o website se tornasse cada vez mais acessível a todos os utilizadores. Depois de um bom almoço, foi bom refletir em conjunto com Tracy Edwards da Universidade de Leeds Beckett sobre a pedagogia inclusiva e as oportunidades que esta oferece. A seguir, preparámo-nos para as visitas escolares que deveriam ter lugar no dia seguinte. Este dia instrutivo terminou na bela praia de Liepãja. Disfrutamos da natureza, da sociabilização, da boa comida e de conversas interessantes. 

A quarta-feira foi dedicada às visitas escolares. Foi muito especial ver como estas escolas estavam tão abertas para nos receber e para nos mostrar o que estava a correr muito bem, mas também para mostrar o seu lado mais vulnerável. Primeiro, fomos à Escola Primária Liepãja Livupe. Embora já seja tempo de férias para as crianças da Letónia, os professores mostraram-nos o seu trabalho e fizeram-o com paixão. Depois de uma curta viagem de autocarro, chegámos a outra parte desta escola, frequentada por crianças mais novas com graves problemas cognitivos e comportamentais. Também aqui se pôde ver o amor pelas crianças e o desejo de uma educação inclusiva. O almoço teve lugar na terceira escola que visitámos. Na grande cantina da escola vazia, a comida tinha sido preparada especialmente para nós. A escola secundária Oskars Kalpaks Liepãja é dirigida por um diretor muito entusiasta que falou orgulhosamente da sua escola, tendo um aluno igualmente entusiasta a traduzir. Foi muito especial ver a diferença entre velho e novo neste edifício e também ouvir todos os desafios que a educação letã enfrenta. A vontade e o desejo de realizar a educação inclusiva está presente de forma visível nesta apresentação. Um dia cheio de sensações e com um agradecimento muito especial a estas escolas pela sua hospitalidade.
No último dia de formação recomeçámos na Universidade de Liepãja com uma reunião liderada por Inge van de Putte da Universidade de Gent. Assistimos a um excerto de um filme sobre educação inclusiva na Bélgica. Posteriormente, falámos sobre as nossas experiências e pontos de vista. Foi bom ver semelhanças nos pontos de vista, mas também descobrir que cada país, por vezes, pensa a partir de uma cultura diferente e por isso pode ter uma opinião diferente. A seguir, a Teresa Aguiar do Instituto Politécnico do Porto, conduziu-nos pela investigação que tem sido feita nos cinco países participantes. A partir desta investigação, foram escritas recomendações, sobre as quais nos foi pedido que pensássemos, para que também fossem visíveis para todos os que visitam o website. Depois do almoço, num belo lugar, fomos à Câmara Municipal onde um funcionário da educação nos falou sobre os objetivos e desafios da educação inclusiva em Liepãja. Que bom ver como o governo também tem objetivos tão claros no que diz respeito à educação inclusiva. Ainda de tarde, continuámos a trabalhar nas recomendações (que tínhamos discutido mais cedo naquela manhã) e demos conselhos relativamente à legibilidade. Esta foi uma tarefa importante e certamente exigirá um seguimento no futuro. Terminámos estes dias de formação com um agradável jantar junto à água.
No regresso, tivemos muito tempo para pensar, refletir e partilhar as nossas experiências nos dias passados. Gostámos da inclusão do grupo ProuD. Nós próprios fomos um exemplo de como a educação inclusiva deveria ser, um lugar para todos independentemente da fé, cultura, idade, educação, etc.. Fomos novamente inspirados pela educação inclusiva. Estamos orgulhosos das coisas que já temos na nossa escola De Kroevendonk e aguardamos com expetativa a forma como podemos desenvolver ainda mais. Como a nossa PLG pode tornar-se ainda mais significativa e como podemos fazer ainda mais a diferença quando se trata de educar todas as crianças!

Meri Weeda e Debby Huibregtse
De Kroevendonk - Países Baixos