Pedagogia inclusiva na 't Zwaluwnest

Tema: Inspiração nas escolas Belgas
Media:Exemplo de prática

A pedagogia inclusiva proporciona uma referência para reconhecer as formas como os professores tornam a escola e a aprendizagem acessíveis para todos. Ajuda-nos também a focar nos próximos (pequenos) passos no sentido de ensinar todos. Lani Florian é uma das fundadoras da pedagogia inclusiva e descreve a pedagogia inclusiva da seguinte forma: "Ao adotar o pressuposto de que a diferença é normal, todos os professores partilham a responsabilidade e são considerados competentes para ensinar todos os alunos".

Sendo traduzido em três frases-chave:

•   Sim, eles conseguem: sendo eles os alunos ou estudantes
•   Sim, eu consigo: sendo eu o professor ou profissional de ensino
•   Sim, nós conseguimos: sendo nós toda a equipa pedagógica, portanto você e os seus colegas

O referencial de uma pedagogia inclusiva é compatível com a maioria dos referenciais que pretendem ajudar os profissionais de ensino a ensinar todos. Celebra a habilidade dos professores e utiliza a diversidade como uma oportunidade de aprendizagem.

Os professores e outros profissionais de ensino já fazem várias coisas que são exemplos da pedagogia inclusiva. A escola primária flamenga Het Zwaluwnest mostra-nos como o referencial da pedagogia inclusiva funciona na sua escola.

Het Zwaluwnest é uma escola primária que ensina alunos dos 2,5 anos aos 12 anos. Situa-se numa zona mais rural e ensina cerca de 150 a 200 alunos com uma equipa de 15 profissionais de ensino. Het Zwaluwnest é uma escola ao ar livre e, após muito trabalho árduo numa visão e num plano partilhados, aplicaram o seu plano e começaram a instalar os seus belos espaços de aprendizagem no exterior. A escola está a procurar formas de criar um ambiente de aprendizagem que seja estimulante para todos os alunos. Muitas vezes, sentem que ainda têm um longo caminho a percorrer no trabalho com a diversidade. Mas, utilizando a pedagogia inclusiva como perspetiva, tornam visível o que já estão a conseguir ao ensinar a todos. Ao mesmo tempo, esta perspetiva de pedagogia inclusiva torna visíveis os próximos passos no sentido de ensinar todos.

Sim, eles conseguem

A diversidade é normal, somos todas pessoas únicas com necessidades únicas. O mesmo se aplica aos alunos.

Com as condições e as relações corretas, todos os meus alunos conseguem e querem aprender e progredir, tenho fé neles.

Ensino alunos diferentes e não apenas alunos que posso agrupar em alunos de topo, intermédio e inferiores. Considero a sua aprendizagem complexa e o seu desenvolvimento em constante crescimento.

Atrevo-me a correr riscos nas minhas aulas e no meu ensino, o que permite, entre outras coisas, que os alunos me surpreendam. Portanto, os alunos têm a possibilidade de responder ao meu ensino de várias formas. O meu ensino não é rígido ou previsível.

Considero qualquer comportamento como parte do desenvolvimento dos alunos, pois o seu comportamento é uma reflexão da fase de desenvolvimento em que se encontram. A manifestação de um comportamento indesejado não torna um aluno "mau" ou "horrível".

Como é que se faz em 't Zwaluwnest	A perspetiva da pedagogia inclusiva
Todas as turmas trabalham em projetos para a disciplina de 'orientação para o mundo'. Os alunos escolhem o tema do projeto durante uma discussão em sala de aula. Alguns alunos não participam (muito) durante esta discussão. Posteriormente, o professor reserva um tempo para perguntar individualmente o que eles gostariam de acrescentar às ideias oferecidas durante a discussão em sala de aula.	Os professores desta escola acreditam que todas as crianças querem aprender, desenvolver-se e participar. Eles facilitam ativamente esse processo de aprendizagem, procurando formas de estabelecer conexões e criar as condições ideais. Neste caso, a conexão e a condição ideal são criadas ao dedicar tempo para abordar individualmente o aluno e incorporar as suas ideias e conhecimento no plano do projeto.
A questão de aprendizagem ProuD desta escola diz respeito à avaliação do trabalho em projetos. Nisso, eles desejam concentrar-se na avaliação formativa.	O foco na avaliação formativa demonstra uma crença nas capacidades de aprendizagem de todos os alunos. Eles acreditam que todos os alunos podem e devem ser apoiados no seu processo de aprendizagem, para que possam levar a sua aprendizagem para o próximo nível. Mas não mostra apenas uma crença nos alunos, também mostra um "sim, eu posso". Isso reflete uma mentalidade de ver o próprio ensino como uma atividade de aprendizagem. Concentrar-se na avaliação formativa requer uma mentalidade de investigação, e isso fortalecerá a ação de ensinar todos os dias.
A leitura é um grande foco nesta escola. A biblioteca escolar deles está organizada por faixas etárias, mas os alunos escolhem livremente o livro que desejam ler.	A biblioteca escolar está organizada de uma forma que oferece estrutura aos alunos. A liberdade que eles têm ao escolher os seus livros demonstra uma fé na sua vontade de aprender e se desenvolver.
Uma parede inteira é dedicada a exibir as realizações, ideias e criações dos alunos.	Esta escola reserva espaço para celebrar todos os momentos em que foram surpreendidos pelos seus alunos. Ao mostrarem isso publicamente, dão a outros a oportunidade de se inspirarem.
Esta escola é uma escola ao ar livre, transformando os seus espaços externos em lugares que desafiam, apoiam, envolvem e surpreendem tanto os alunos quanto os professores. Eles planeiam criar espaços com materiais de uso variado (uma tigela pode ser algo para preparar comida, um chapéu ou uma pedra de passagem num rio cheio de crocodilos). Outros espaços serão preenchidos com locais tranquilos, ideais para se retirar ou ler um livro.	Um plano bem elaborado para transformar o ambiente externo é visível nesta escola. Dessa forma, o ambiente auxilia os professores no planeamento de surpresas nas suas aulas. Ao planear para surpreender, os professores estimulam os alunos e aproveitam a diversidade entre eles em benefício da aprendizagem de todos.

Sim, eu consigo

Todos os meus alunos são da minha responsabilidade e sou capaz de os ensinar.
Considero os desafios oportunidades de aprendizagem para mim e para os meus alunos.
Continuarei a aprender enquanto profissional. O próprio ato de ensinar é uma oportunidade de aprendizagem. Posso refletir sobre isso e falar com os meus colegas.
Não sou apenas professor, também sou aluno e os meus alunos são os meus professores.

Como é que se faz em 't Zwaluwnest	A perspetiva da pedagogia inclusiva
O bairro em redor desta escola mudou muito nos últimos anos. Por este motivo, a escola registou um aumento do número de alunos com necessidades especiais. Uma das formas de resposta da escola foi repensar a sua cultura de leitura. Todos os dias, à mesma hora, todos os alunos da escola estarão a ler. O seu slogan é: "Ler é divertido!"	Esta escola encarou o desafio de um bairro em mudança como uma oportunidade de aprendizagem. Melhorando a sua cultura de leitura para todos os alunos, quer tenham necessidades especiais ou não. Um bairro em mudança não é um problema dos outros, todos os membros da equipa pedagógica são capazes de responder e assumem esta responsabilidade com seriedade.
Algumas crianças desta escola são apoiadas por um professor do ensino especial, que vem à escola durante algumas horas todas as semanas. O professor do ensino especial trabalha na sala de aula, apoiando a aprendizagem tanto do aluno como do professor.	Os professores consideram os alunos como sua responsabilidade, mesmo quando o professor do ensino especial está presente. Consideram o professor do ensino especial não alguém a quem entregar o aluno, mas alguém que os pode ajudar a aprender sobre o(s) aluno(s).
Os alunos nesta escola escolhem livremente o tema do projeto do curso "orientação para o mundo". Não há uma lista de opções nem um limite estabelecido pelo professor. Os alunos não se limitam a escolher o tema, discutem também o que podem aprender e fazer neste projeto. Numa turma do ensino pré-escolar, os alunos decidiram fazer um projeto sobre super-heróis. Discutiram o vestuário dos super-heróis (e como o podem fazer eles próprios), super-heróis reais (como bombeiros), superpoderes, etc.	Ao dar esta liberdade aos alunos, o professor assume um papel de aprendiz. A escolha do tema revela os interesses dos alunos e, quando se discute o que podem aprender e fazer, o professor tem uma ideia do seu conhecimento prévio sobre o tema. E mesmo o ato de discutir, por si só, mostra ao professor muito sobre as competências sociais dos alunos.

Como é que se faz em 't Zwaluwnest

A perspetiva da pedagogia inclusiva

O bairro em redor desta escola mudou muito nos últimos anos. Por este motivo, a escola registou um aumento do número de alunos com necessidades especiais. Uma das formas de resposta da escola foi repensar a sua cultura de leitura. Todos os dias, à mesma hora, todos os alunos da escola estarão a ler. O seu slogan é: "Ler é divertido!"

Esta escola encarou o desafio de um bairro em mudança como uma oportunidade de aprendizagem. Melhorando a sua cultura de leitura para todos os alunos, quer tenham necessidades especiais ou não. Um bairro em mudança não é um problema dos outros, todos os membros da equipa pedagógica são capazes de responder e assumem esta responsabilidade com seriedade.

Algumas crianças desta escola são apoiadas por um professor do ensino especial, que vem à escola durante algumas horas todas as semanas. O professor do ensino especial trabalha na sala de aula, apoiando a aprendizagem tanto do aluno como do professor.

Os professores consideram os alunos como sua responsabilidade, mesmo quando o professor do ensino especial está presente. Consideram o professor do ensino especial não alguém a quem entregar o aluno, mas alguém que os pode ajudar a aprender sobre o(s) aluno(s).

Os alunos nesta escola escolhem livremente o tema do projeto do curso "orientação para o mundo". Não há uma lista de opções nem um limite estabelecido pelo professor. Os alunos não se limitam a escolher o tema, discutem também o que podem aprender e fazer neste projeto. Numa turma do ensino pré-escolar, os alunos decidiram fazer um projeto sobre super-heróis. Discutiram o vestuário dos super-heróis (e como o podem fazer eles próprios), super-heróis reais (como bombeiros), superpoderes, etc.

Ao dar esta liberdade aos alunos, o professor assume um papel de aprendiz. A escolha do tema revela os interesses dos alunos e, quando se discute o que podem aprender e fazer, o professor tem uma ideia do seu conhecimento prévio sobre o tema. E mesmo o ato de discutir, por si só, mostra ao professor muito sobre as competências sociais dos alunos.

Sim, nós conseguimos

A porta da minha sala de aula está aberta aos outros, para que eu e os meus colegas possamos aprender juntos. Através do diálogo, refletimos sobre as respostas dos nossos alunos ao nosso ensino e o que essas respostas representam.
Na nossa escola, trabalhamos ativamente numa cultura de respeito das diferenças e fazemo-lo através da colaboração contínua.

Como é que se faz em 't Zwaluwnest	A perspetiva da pedagogia inclusiva
Quando duas turmas do 6.º ano foram colocadas juntas por motivos da pandemia por Covid-19 (para conter o número de pessoas com quem se podia ter contacto), os seus professores decidiram fazer uma experiência. Começaram a ensinar em conjunto e não querem voltar atrás (e os seus alunos também não).	Estes professores sentiram a segurança de experimentar trabalhar em conjunto de forma intensa. Criam as suas aulas em conjunto e são apoiados pelo diretor e pelo corpo docente.
Esta escola está instalada num edifício escolar bastante antigo. Depois de anos de políticas de porta aberta, o edifício será adaptado com espaços partilhados entre várias turmas.	Os professores desta escola não têm medo de partilhar as suas práticas quotidianas uns com os outros. Fazem-no apesar de a sua envolvente física lhes dificultar a tarefa, o que demonstra a sua forte vontade de colaborar.
No final de cada ano letivo, os professores dedicam algum tempo a entregar os "seus" alunos aos professores do ano seguinte. A escola apoia esta entrega, propondo uma lista de temas a discutir.	Todos os anos, um professor descobre coisas novas sobre um aluno, o que funciona e o que não funciona. Em vez de guardarem para si as descobertas, partilham-nas para que o professor do próximo ano tenha este benefício.

Como é que se faz em 't Zwaluwnest

A perspetiva da pedagogia inclusiva

Quando duas turmas do 6.º ano foram colocadas juntas por motivos da pandemia por Covid-19 (para conter o número de pessoas com quem se podia ter contacto), os seus professores decidiram fazer uma experiência. Começaram a ensinar em conjunto e não querem voltar atrás (e os seus alunos também não).

Estes professores sentiram a segurança de experimentar trabalhar em conjunto de forma intensa. Criam as suas aulas em conjunto e são apoiados pelo diretor e pelo corpo docente.

Esta escola está instalada num edifício escolar bastante antigo. Depois de anos de políticas de porta aberta, o edifício será adaptado com espaços partilhados entre várias turmas.

Os professores desta escola não têm medo de partilhar as suas práticas quotidianas uns com os outros. Fazem-no apesar de a sua envolvente física lhes dificultar a tarefa, o que demonstra a sua forte vontade de colaborar.

No final de cada ano letivo, os professores dedicam algum tempo a entregar os "seus" alunos aos professores do ano seguinte. A escola apoia esta entrega, propondo uma lista de temas a discutir.

Todos os anos, um professor descobre coisas novas sobre um aluno, o que funciona e o que não funciona. Em vez de guardarem para si as descobertas, partilham-nas para que o professor do próximo ano tenha este benefício.

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